sexta-feira, 10 de junho de 2016

Secretaria de Direitos Humanos de Paraíba do Sul prioriza políticas públicas de prevenção e combate às drogas


Uma das maiores mazelas da sociedade atual é a disseminação do uso de drogas. Por ser um assunto marginalizado e de consequências negativas, o poder público e a população em geral evita falar do tema, mas a secretaria de Direito Humanos de Paraíba do Sul enxerga essa necessidade e desenvolve trabalhos variados para prevenir e combater o uso de drogas no município.

Para os usuário que desejam receber tratamento, a primeira porta de entrada é o CAPS-AD, que atualmente conta com 160 pessoas cadastradas realizando terapias ocupacionais, acompanhamento psicológico e psiquiátrico e desintoxicação progressiva. "Os usuários ficam em média 8 horas por dia com a gente, ou seja, ele passa a parte do dia toda sem usar nenhum tipo de droga, e aos poucos o corpo vai ficando limpo das substâncias tóxicas. Alguns vão 3 vezes na semana, outros diariamente, o importante é estar sempre de portas abertas para recebê-los e mostrar novos horizontes" - relatou a coordenadora de saúde mental de Paraíba do Sul, Marize Agostinho
Outra ação realizada pelo poder público é a capacitação dos professores para aprenderem a identificar desvios de comportamento que indiquem o uso de entorpecentes. Duas vezes por mês os professores da rede pública são recebidos por psicólogos do Programa de Saúde Mental para receberem orientações sobre como devem agir ao identificarem crianças e adolescente que estejam fazendo uso de drogas.
Maior causa de chamadas de emergência do SAMU são de surtos psicóticos
De acordo com a coordenadoria de emergência de Paraíba do Sul, o maior índice de chamadas de emergência é para levar pessoas em surto psicótico para o hospital, o momento de surto é muito comum para usuários de drogas, ou por excesso e até mesmo pela abstinência das substâncias. Para evitar maiores problemas de violência contra si e contra outrem a indicação é chamar o SAMU para que seja feita a remoção do indivíduo para uma unidade hospitalar.
"Quando a pessoa apresenta resistência, o SAMU faz contato com a nossa equipe de saúde mental solicitando a nossa presença para iniciarmos o trabalho de convencimento do usuário, alguma vezes chego a ficar duas horas em uma casa para que o SAMU possa levar o paciente. Quando mesmo com nossa presença a pessoa se mantém irredutível, recorremos ao bombeiro para fazer a condução compulsória." - declarou Marize.
O hospital não possui profissionais capacitados para receber pacientes em surto psicótico e por isso o paciente não permanece muito tempo na unidade. Após cessar o surto o paciente é liberado, mas lhe é oferecido todo apoio para comparecer ao CAPS-AD ou até mesmo buscar uma internação integral em uma clínica de recuperação.


Projeto Optar já recebeu mais de 10 mil internos em seus 40 anos de atividades


A clínica Optar tem 40 anos de serviço prestado a população e já atendeu mais de 10 mil pessoas. Hoje são somente 6 internos e um dos principais motivos para um número tão baixo é a falta de repasse por parte do Governo do Estado, que está há 9 meses sem realizar nenhum pagamento, inclusive a clínica ficou um mês sem funcionar e agora voltou com este número reduzido.
"Sabemos que a internação não é receita de bolo para que a pessoa saia do vício, mas sabemos também da importância da desintoxicação, de estar em um ambiente apropriado, recebendo atendimento psicológico, realizando trabalhos manuais e principalmente, se desvinculando de hábitos prejudiciais. É isso que nos motiva a continuar o trabalho, mas sem dúvida, a prevenção ainda é o remédio mais eficaz". - finalizou Marize Agostinho.

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