A antiga empresa Argo Indústria e Comércio Ltda., que durante anos gerou diversos empregos em Paraíba do Sul, e que declarou falência no dia 1º de fevereiro de 2001, deixando seus funcionários desempregados e sem receber o que lhes é de direito, gerou uma guerra judicial entre funcionários e empresa que já dura mais de sete anos.
Em 2003, a sede da empresa, Argo I, localizada na Rua Heinz G. Well, nº 36, e a Argo II, situada na Rua Barão do Piabanha, nº 74, foram desapropriadas pela administração municipal. Com isso, o município repassou para a conta judicial do processo de desapropriação o valor estipulado pela avaliação do imóvel pela desapropriação da área das duas empresas.
Os ex-funcionários da antiga Argo estão há anos, sem sucesso, tentando receber suas indenizações. Essa batalha judicial contra a empresa obteve vários capítulos e um grande líder, o saudoso Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Waldair Silveira Pedra, o Corta-Vento, que veio a falecer em 2004 sem conseguir ver o fim desta batalha que juntos com seus companheiros, se dedicou fortemente.
Porém, a luta de Corta-Vento e dos ex-funcionários da Argo está próxima do fim, e com sucesso. Os valores foram reconsiderados pela justiça e agora a quantia ultrapassa Um Milhão de Reais, com isso o município teve que complementar o depósito judicial em R$ 660.000,00 (Seiscentos e sessenta mil Reais).
Essa dívida de 660 mil Reais foi dividida em 36 parcelas, sendo as primeiras 12 parcelas de 10 mil Reais, as outras 12 de 20 mil Reais e as últimas 12 de 25 mil Reais.
O atual prefeito, Gil Leal, informou que a quitação das parcelas já estão sendo feitas mensalmente e em dia. Segundo ele, já foram pagas três parcelas. “Nós estamos cumprindo nossa obrigação. Pretendemos honra-la antes do tempo devido a concessão da Argo II ao Grupo Mil. Tivemos boa vontade política e estamos pagando. Os ex-funcionários da Argo já aguardam por isso há anos, e após a quitação da dívida, eles poderão tomar suas providências legais contra a empresa para requerer o que têm de direito”, afirmou o chefe do executivo.
Agora, segundo a procuradora do município, Regina Matos, caberá aos ex-funcionários da antiga Argo acionar seus advogados para que dêem continuidade ao processo indenizatório de cada um. “Essa luta está chegando ao fim. Os imóveis foram reavaliados e definiu-se um preço justo. Em suma, a luta das centenas de funcionários está perto do fim”, disse a procuradora.
Além de arcar com a dívida da desapropriação, o município terá que pagar também os custos do processo, estipulados em R$ 100.000,00 (Cem mil Reais). Agora, arrendada pelo Grupo Mil, a Argo II irá abrigar mais uma indústria em Paraíba do Sul, reativando uma área de quase oito mil metros quadrados que estava parada, demonstrando assim o dinamismo e o respeito da administração atual com os ex-funcionários da Argo e todo o povo sulparaibano.
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